Sustentabilidade pós pandemia é discutida em palestra do Inspiramais
Atenção aos novos consumidores devem nortear as marcas
De acordo com a especialista, o consumidor vai realizar compras mais assertivas, (menos itens com produtos de melhor qualidade e durabilidade) observando todo o impacto da cadeia produtiva.
Um passo importante diz respeito à humanização, ou seja a valorização dos funcionários dentro das empresas. Além disso os produtos devem ser pensados na sustentabilidade desde a matéria-prima até o descarte. “Numa coleção de 100 pares de calçados, por exemplo, apenas 40 por cento deles vendem bem e destes, apenas 3 ou 4 são totalmente sustentáveis; daí há a necessidade de se repensar as coleções, fazendo talvez coleções mais compactas e totalmente sustentáveis,”disse. Segundo Tatiana em alguns casos vale até fazer apenas uma linha ou uma segunda marca com essa vertente.
A consultora explicou que a comunicação é um item fundamental dentro desse processo, porque por meio dela o cliente vai entender todo o desenvolvimento, o valor agregado e o preço mais alto. “É importante perceber que a lucratividade não vai cair, porque haverá menos itens numa coleção com mais qualidade, mais durável e portanto com um preço maior,” justificou.
Por fim, a consultora concluiu dizendo que há três tipos de consumidores: aqueles que são ecologicamente corretos natos e que já conhecem e compram de marcas determinadas; aqueles que estão querendo mudar, mas que ainda valorizam a estética e o valor e finalmente os que não estão nem um pouco engajados. “Para as marcas vale procurar atender aqueles consumidores que estão começando a se engajar, “ finalizou.
Coerência entre a produção e seus processos
Já Brandão começou falando que tudo passa pelas questões pessoais, que impulsionam a liderar processos de transformação dentro das empresas. Falou a respeito do trabalho da ONU - Organização das Nações Unidas - com 17 objetivos do desenvolvimento sustentável, que é uma espécie de guia para se ter uma visão mais humana a respeito do tema.
“Há níveis de ação que vão desde o pessoal até o de cadeia, passando pelas empresas,”falou exemplificando com a cadeia vinílica européia, que implementou processos sustentáveis até 2010 e que agora continua desenvolvendo o procedimentos para tornar tudo ainda mais limpo.
A seguir explanou a respeito dos procedimentos que a Cipatex, empresa na qual atua, que tem retirado da planta produtos tóxicos, sendo que houve uma drástica redução de resíduos que vão para aterros sanitários (somente 0,1 por cento).
“As ações vão além dos produtos; tem que haver coerência entre o que se produz e como se produz; na realidade é uma filosofia que tende a ser capilarizada,”concluiu.
Fotos: Morning Brew, Edward Howell, Alex Takil/Unsplash
Fonte: fashionunited