Sprint Têxtil: renovação 100% nacional, sustentabilidade aplicada em cada detalhe e uma empresa que faz a diferença

A Sprint Têxtil
nasceu há 8 anos. Ramificação da Tinturaria e Estamparia Primor (no mercado de
beneficiamento de tecidos desde 1948), a Sprint Têxtil sempre foi focada em
moda. Se no início atuavam com moda feminina, hoje seu leque de mercado se
expande para os segmentos infantil e masculino de vestuário, além do segmento
calçadista e de confecção.
Presentes do Inspiramais – Salão de Design e Inovação de Materiais para moda, a
Sprint segue novos caminhos no mercado. Uma marca 100% nacional, que busca
atuar dentro de parâmetros sustentáveis, aliado com inovação e tecnologia.


Material Sprint Têxtil
Como nas palavras de Marília de Camargo Barros, Gerente de vendas divisão moda com
gestão do desenvolvimento de produto da Sprint, “acredito que este caminho, onde
muitos já seguem, vai crescer cada vez mais, como uma real consciência. A
pandemia nos mostra lições importantes com relação a tudo o que deixamos de lado
no meio ambiente para a evolução tecnológica. O planeta precisa disso e nós do
planeta”.
É com ela que o
Inspiramais conversou e, entre outras certezas, conferiu: inovação, produção
nacional e sustentabilidade são o caminho para a indústria nacional.
INSPIRAMAIS:
Fala para nós um
pouco sobre a Sprint Têxtil - vocês estão no mercado desde quando? O
início da tecelagem foi no segmento de confecção?
Marília de Camargo Barros: A Sprint Têxtil
nasceu há 8 anos como “filha” da Tinturaria e Estamparia Primor que está no
mercado de beneficiamento de tecidos desde 1948. No início a Sprint era focada
em moda, principalmente em confecção feminina. Com o passar do tempo esse leque
de mercado foi se expandindo e hoje atendemos não só a moda feminina como
também o segmento infantil e masculino de vestuário e nos aventuramos no
segmento calçadista e de decoração.
Nosso know how (conhecimento) é em estamparia. Ampliamos nos
últimos anos as técnicas e hoje trabalhamos não só com estamparia rotativa em
pigmento e reativo, como também com digital em sublimação e reativo, além da
tinturaria e dos acabamentos especiais que são fruto do expertise
(experiência) que temos em beneficiamentos de tecidos.
Que marcas vocês atendem atualmente no segmento de confecção e calçados?
Hoje nós atendemos
grandes e pequenas marcas em todo o Brasil. No segmento infantil o destaque
está nas grandes empresas desse ramo situadas em Santa Catarina. Já nos
segmentos feminino e masculino isso é mais pulverizado e abrange os grandes
polos do país.
O calçado ainda é
bastante novo para nós. Entramos para esse mercado por nossa participação do
Inspiramais, gostamos da experiência e
estamos trabalhando para ampliar esse mercado.
A Sprint Textil também faz um trabalho muito diferenciado em estamparia. Como
vocês enxergam esta técnica de personalização hoje para o mercado de moda de
grandes volumes?
Hoje a estamparia é o
que nos move. Atuamos de uma forma bastante exclusiva o que proporciona ao nosso
cliente uma experiência única de trabalho. Temos uma equipe de desenhistas
trabalhando diariamente para atender a demanda dessa exclusividade, tanto na
estamparia rotativa quanto na digital, o que abrange não só os clientes de
muito volume, mas também os menores, que dependem de uma maior variedade de
estampas.
O mercado de moda tem
se moldado aos novos tempos e isso não é de hoje. Há algum tempo sentimos os
volumes por estampas diminuírem no mesmo ritmo em que a variedade de estampas
aumentou. Isso é um fluxo natural desse novo consumidor que olha para
qualidade, exclusividade, longevidade, sustentabilidade e cada vez menos para
quantidade. Para nós da Sprint, isso tem vindo como um presente do mercado, uma
vez que temos uma equipe qualificada para atender a esse ritmo e estrutura
produtiva para esse perfil.
Em relação a
processos sustentáveis, o que existe hoje na linha de produção da Sprint?
De uns tempos para cá
começamos a sentir a necessidade de olhar para o nosso planeta de uma forma
mais próxima. Preocupados com a limitação de recursos naturais e a preservação
do planeta, no ano passado lançamos a linha Going Green, produtos
pensados de forma a reestruturar o uso das matérias primas e dos recursos
naturais em seu fluxo produtivo - tornando o manejo do processo o mais
sustentável possível.
Nossa missão com essa
“família de tecidos” é agir de maneira sustentável, não somente do ponto de
vista ambiental, mas também social e econômico.
Para isso usamos fios de
viscose de madeira de reflorestamento
(lenzing), algodão com certificação BCI (Better Cotton Initiative -
organização sem fins lucrativos com sede em Genebra, Suíça, e que atua para
melhorar a produção mundial do algodão) e poliéster reciclado de garrafa
pet. Além de cuidar da composição dos tecidos também
eliminamos da nossa fábrica quaisquer produtos químicos que fossem nocivos aos
seres humanos, 100% do que usamos tem a certificação ZDHC (Zero Discharge of
Hazardous Chemicals – programa que tem o compromisso de eliminar completamente
o descarte de produtos químicos perigosos no meio-ambiente). Nossa fonte de energia é 100% renovável
e usamos briquetes (lenha ecológica) para a alimentação da caldeira.
Fazemos também todo o gerenciamento de resíduos líquidos e sólidos, bem como o
lixo comum. Eliminamos o uso de descartáveis no dia a dia dos colaboradores e,
em busca de maior eficiência energética, substituímos toda a iluminação da
fábrica por lâmpadas de LED.
Temos também no Grupo Primor (do qual a Sprint Têxtil faz parte), a Infinity
Plastics, uma autêntica recicladora que atua coletando, separando,
revalorizando e finalmente reciclando grande parte do lixo plástico gerado em
nossos processos industriais. Depois de processado, esse plástico é utilizado
na confecção das embalagens de nossos tecidos.
Esse certamente é um caminho sem volta, estamos muito satisfeitos com esses
primeiros passos que demos e a ideia é seguirmos com os desenvolvimentos de
novas maneiras de estarmos cada vez mais alinhados com o nosso planeta.
Como você percebe a
adesão destas matérias primas sustentáveis pós momento pandêmico?
Eu acredito que este caminho
– e que muitos já estavam seguindo - vai crescer cada vez mais. Não mais só
como um marketing, mas uma real consciência.
A pandemia tem nos
mostrado lições importantes com relação a tudo o que deixamos de lado no meio
ambiente para a evolução tecnológica. Percorremos um caminho importante nesse
período, porém é o momento de encontrarmos um equilíbrio. O planeta precisa
disso e nós do planeta.
Na minha opinião a
sustentabilidade nos processos produtivos vai deixar de ser opcional para se
tornar necessária para a sobrevivência de qualquer empresa, se não for pela
consciência dos administradores será por uma exigência do consumidor final.
Estou feliz pela
Sprint estar um passo à frente nesse caminho e por fazer parte de uma empresa
com uma consciência sustentável. Isso certamente nos torna mais fortes diante
de um momento tão desafiador.
Sabemos que as
viagens internacionais de pesquisa a partir de agora ficam mais comprometidas,
como se dava e como se dará a partir de agora o processo de pesquisa de
tendências para o desenvolvimento de novos materiais?
O momento é de
desafios e esse é um dos grandes que teremos que enfrentar nesse novo
tempo. Até este ano fazíamos viagens anuais de pesquisa além de nos suprirmos
com informações por de sites de tendências ao longo de todo o ano e do
direcionamento criativo da equipe do Inspiramais - que nos dá um grande norte
dos próximos passos do mercado de um modo geral. Desta “viagem” vinham nossos
principais direcionamentos, principalmente com relação ao desenvolvimento de
novas bases de tecido.
Agora serão novos tempos e novas formas de trabalho. Ainda não definimos
exatamente como será daqui para a frente. Acredito que precisaremos de mais um
tempo e mais movimentos do mercado.
O ritmo de
desenvolvimento de produto de moda andava desalinhado, isso é um fato. Tínhamos
clientes em todas as temporadas ao longo do ano. Uns no verão 2020, outros no
inverno 2021, outros no verão 2021, quando outros ainda no inverno 2020. Na
minha opinião é confuso para quem cria, quem vende e para quem compra.
Esse momento seria
uma boa oportunidade para voltarmos ao processo criativo de tempos atrás, com
muito mais qualidade de criação e menos cópias.
Não sei se isso vai
ser possível. Dependemos de mais movimentos do mercado para a definição dos
nossos caminhos criativos. Mas uma vontade pessoal minha certamente seria mais
identidade criativa e mais confiança nos criadores.
Vocês se utilizam de Bureau´s
internacionais? Eles já se formataram de forma online?
Não utilizamos. Hoje
nosso processo criativo é 100% interno. Usamos somente algumas fontes de
pesquisa inspiradoras para nos ajudarem.
Hoje a Sprint Textil
importa algum tipo de base para a produção dos seus produtos?
Não. Temos orgulho em
dizer que somos uma empresa 100% nacional. Todos os nossos produtos são feitos
no Brasil, tanto na nossa tecelagem, quanto em alguns parceiros.
Qual é a sua percepção
em relação a importação de produtos (bases ou tecidos). Hoje a China se vê
fortemente impactada pela questão da pandemia. Por exemplo, vemos grandes
escalas de produção de laminados sintéticos que o mercado brasileiro sempre
importou. Você acha que pode
acontecer do tecido virar uma matéria prima protagonista das próximas coleções
em substituição dos laminados sintéticos ou couro? Como vocês estão se
preparando para isso caso aconteça?
Eu acredito que o
produto nacional vá ganhar um valor diferente daqui para a frente sim. E os
tecidos podem ser protagonistas nisso, principalmente pelo fato de estarmos em
um momento extremamente delicado da economia. O jeito mais eficiente de
retomarmos e fazermos com que tudo volte a girar é com cada país fazendo com
que seus próprios produtos circulem.
Todos estamos tendo
grandes impactos. Se pudermos contar uns com os outros tudo será mais leve.
Estamos preparados para
atender uma maior demanda de produtos, se assim for. Temos acabamentos
especiais que podem substituir visualmente muitos desses produtos importados.
Mas também dependemos de matérias primas vindas de outros países. Não acredito,
e nem desejo, o fim de comércios internacionais. Acho que isso é saudável para
qualquer nação. Porém, a valorização do que é feito “dentro de casa” precisa
voltar a existir.
Um mercado que olha
somente para os custos não pode ser sustentável. Existem muitas outras coisas a
serem avaliadas em um momento de compra e isso precisa voltar a ter valor.
Eu gostaria que você
contasse um pouco a sua experiência com o Inspiramais em relação a
assertividade e percepção de tendências.
Passar a fazer parte
do Inspiramais foi um grande passo para a Sprint. Somos uma empresa
relativamente nova no mercado, e o Inspiramais nos abriu excelentes portas. Nos
deu visibilidade – o que era a nossa intenção inicial.
O processo criativo
feito com o direcionamento da consultoria nos permite ser mais assertivos.
Conseguimos estar alinhados com o que o mercado quer e as possibilidades de
vendas aumentam.
Admiro o trabalho de
pesquisa da equipe. São focados e seguros. Existe um trabalho sério e isso nos
deixa seguros para seguir o direcionamento mesclando com as nossas
possibilidades de materiais e enriquece a coleção.
Para finalizar, na
sua opinião, amanhã quando abrirmos as janelas, o que vamos ver?
Grandes desafios,
além de um céu azul e limpo. Não será fácil, mas será um momento de muitas possibilidades. Hora de
despertamos para o novo, enxergarmos os caminhos e trilharmos o nosso. Estou segura de que seremos maiores,
mais fortes e mais justos depois desses tempos de quarentena.
CONHEÇA MAIS SOBRE A SPRINT TÊXTIL: http://sprinttextil.com.br/

Material Sprint Têxtil
AFAGO. O Inspiramais encara como suas responsabilidades inspirar e provocar o
melhor nas pessoas. Fazemos isso por meio de nossos canais trazendo o que
estamos chamando de AFAGO, gerando assim um sentimento coletivo de esperança e
renovação de energia para construir um novo pensamento nesse cenário incerto
para todos. Acompanhem nossos canais, com entrevistas como esta com a
revolucionária marca VEJA/VERT, nossas Lives nas redes sociais e as principais
notícias e soluções para todo o mercado coureiro calçadista, varejo e a cadeia
da moda! Contem conosco!
Créditos
Redação: Carlos Lopes
Entrevista: Walter Rodrigues e Tatiana Souza